samedi 4 juillet 2009

Palestinas afirmam que preferem ir para a prisão, para poder escapar de famílias violentas.

Palestina 'que queria morrer' aponta revólver de brinquedo contra soldados israelenses
Guila Flint

BBC Brasil


Uma mulher palestina atingida a tiros por soldados israelenses depois de apontar um revolver de brinquedo contra os militares contou que queria morrer por ser maltratada pela família.

A palestina, de 20 anos, se aproximou do ponto de checagem de Bekaot, ao norte da cidade de Jericó, na Cisjordânia.

Ao receber ordens dos soldados no local para parar, ela tirou da bolsa o revolver de brinquedo e o apontou contra os militares.

Os soldados dispararam sete tiros e dois deles atingiram a palestina, que ficou ferida em estado qualificado como "médio".

A jovem, residente da cidade de Nablus, foi levada para tratamento em um hospital israelense e, ao ser interrogada, revelou que queria provocar os soldados a atirar nela para por um fim às agressões físicas que sofria por parte de membros de sua família.

Segundo as informações do Exército, a mulher mostrou aos interrogadores sinais de violência que havia sofrido e tinha o braço enfaixado.

Razões pessoais

Esta não é a primeira vez que palestinos que querem cometer suicídio por razões pessoais se envolvem em situações de confronto com soldados israelenses.


Já foram registrados dezenas de casos em que mulheres palestinas atacam soldados israelenses com facas e, ao serem presas, revelam que queriam morrer devido aos maus tratos sofridos na família.

Outras afirmam que preferem ir para a prisão, para poder escapar de famílias violentas.

Um dos casos mais marcantes registrados nos últimos anos foi o de um menino de 15 anos, da cidade de Nablus, preso há cerca de cinco anos em um ponto de checagem na Cisjordânia, quando portava um cinto de explosivos.

O menino, que sofria de problemas mentais, contou aos soldados israelenses que "queria ir para o paraíso para se casar". Ele contou ainda que se achava "feio" e acreditava que "nunca conseguiria se casar".

Segundo a crença islâmica, quem comete um ato de martírio em nome de Alá, vai para o paraíso, onde o esperam "setenta e duas virgens de olhos negros".

O menino tinha recebido o cinto de explosivos do grupo militante palestino Hamas para cometer um ataque suicida.

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